Brasil melhora índices mas continua no 70º lugar em desenvolvimento humano |
Brasília - O Brasil permanece na 70ª posição dentro do grupo de 75 países com alto desenvolvimento humano. A informação foi divulgada hoje (18) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro que, em 1980, era de 0.684, aparece agora em 0.807 – quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento da região analisada. O IDH, calculado para um total de 179 países, abrange três aspectos: a renda, tendo como indicador o Produto Interno Bruto (PIB) per capita; a longevidade, medida pela expectativa de vida; e a educação, avaliada pela taxa de alfabetismo e pela taxa de matrícula. De acordo com o Pnud, a expectativa de vida no Brasil passou de 71,7 anos em 2007 para 72 em 2008. A taxa de alfabetismo também apresentou melhora, passando de 88,6% para 89,6% no mesmo período. Já a taxa de matrícula registrou queda de 87,5% para 87,2%. O PIB per capita brasileiro, segundo os dados, evoluiu de R$ 8.402 para R$ 8.949. O coordenador de Desenvolvimento Humano Nacional do Pnud, Flávio Comim, destacou que uma alteração na metodologia de levantamento dos dados fez com que muitos países latino-americanos oscilassem de posição, mas o Brasil se manteve no mesmo patamar. Este ano, segundo ele, houve uma mudança na base de cálculo do PIB per capita que tem como com pilar a Paridade do Poder de Compra (PPC). Ela representa as taxas de câmbio estimadas para equalizar os poderes de compra de diferentes moedas e, até o ano passado, utilizava os preços de 1993. "Agora, o Banco Mundial fez o recálculo utilizando preços de 2005. São considerados preços de 143 países e é ajustado o valor do dólar para comprar produtos homogêneos em cada país. Ao fazer este ajuste, verifica-se que os preços relativos mudaram. O dólar tem valor diferenciado em Londres e no México, por exemplo. O Brasil se manteve de maneira consistente na posição de alto desenvolvimento humano, diferente do que aconteceu na América Latina”, disse Comim. Apesar de se manter em uma das últimas posições no grupo, o Brasil – com o Chile – foi o país que mais avançou em desenvolvimento humano no cenário latino-americano. O progresso chileno foi de 0.128 ponto nos últimos 26 anos e o brasileiro foi de 0.123, seguido pelo México (com 0.095) e pela Costa Rica (com 0.088). Entre as menores taxas de progresso em desenvolvimento humano estão a Venezuela (com 0.064) e a Argentina (com 0.070). Ainda assim, vizinhos como Chile, Argentina e Uruguai, além de Cuba, Bahamas, Costa Rica e México, permanecem à frente do Brasil no ranking de países com desenvolvimento humano mais alto. |
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